O cantor e compositor Maciel Melo nos concedeu uma entrevista via email devido conflitos de agenda. Na seguinte entrevista, o iguaraciense falou sobre a cultura nordestina, suas composições e o modo como a mídia atua sobre a cultura.
Antes de mais nada, conheça um pouco sobre a trajetória artística desse ícone.
Biografia:
Natural de Iguaraci - a 363 km da capital Recife, filho de sanfoneiro e defensor do autêntico forró pé-de-serra. Com a canção “Caboclo Sonhador” tornou-se um ícone da música nordestina.
Lançou em 1996 o cd "Janelas". Dois anos após seu primeiro cd, lançou "Jeito Maroto" e no ano seguinte "Alegria de nós dois". Em 2000 foi a vez de "Isso Vale um Abraço", lançando em 2001 "Acelerando o Coração" e em 2002 "Solado da Chinela". Em 2005 lançou "Dê Cá Um Cheiro", lançando em 2006 "Nascente". Em 2008 lançou seu primeiro cd ao vivo "Isso Vale Um Abraço", no Teatro Guararapes e seu mais recente trabalho, de 2009 "Sem Ouro sem Mágoa".
01 – Como você define cultura?
A cultura é a identidade de um povo, representada pelas artes, pela gastronomia, pelos costumes, pelos dialetos de cada região e pelo sotaque que lhe identifica como tal. No Brasil a diversidade de ritmos, de raça, de gênero e de cor, faz de nós um país misticamente rico. Apesar das influências deixadas pelos invasores na época do pseudo “descobrimento”, pois já existíamos e éramos muito mais ricos culturalmente. Talvez eu esteja sendo um tanto nostálgico, mas antes dessa globalização, nossa musica, por exemplo, era muito mais verdadeira. Sentíamos orgulho do nosso frevo, do nosso forró, com suas variantes que se espalhavam entre o xaxado, o baião, o xote, e o arrasta-pé. A linguagem usada pelos compositores era metaforicamente cantada a partir do cotidiano de cada região, ou seja, utilizando uma poética própria refletida nas coisas de seu habitat.
02 - Você acha que a mídia se apropria da cultura? Como?
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